2004-11-29 - Direitos ao assunto!

Incontornável…

Mais uma vez a vida política deste país anda “enervante”. É incontornável! No tempo do Durão fizeram-se reformas e falou-se… Uns bem, outros mal, como não podia deixar de ser. Com Santana não param os “mexericos”. Desde o primeiro dia deste indigitado governo que os jornais, as televisões, as rádios… todos falam de tudo menos do que este governo faz! Começa a ser preocupante… Às tantas não se faz mesmo nada! Este “bebé” como lhe chama o primeiro-ministro é tão minado, de fora e sobretudo de dentro, que tudo o que se possa querer transmitir de positivo morre à nascença.

Não será bem assim… mas o certo é que falta a este governo “governar efectivamente”!

Os “casos” não param de acontecer! Agora somos confrontados com uma demissão de um ministro. Mais uma “mina”que se pisou e fez moça!

Se por um lado a demissão de um ministro pode ser uma “pontualidade” aceitável como o é uma remodelação, deixa de o ser quando se nota a falta de “governo”, a falta de ideias postas em prática, a falta de soluções para os problemas dos portugueses. Tenho a certeza que se as sondagens fossem favoráveis à coligação que está no governo, porque o IRS tinha baixado, porque a diferença social entre ricos e pobres estivesse a ser efectivamente combatida, por as listas de espera estivessem a diminuir, por os jovens tivessem melhores escolas, os licenciados mais possibilidades de emprego, o poder de compra dos portugueses estivesse mais em cima, o facto de um ministro se demitir não seria falado mais que uns normais dois ou três dias. E acabava por aí. O sucessor seria encarado como alguém que viria fazer melhor. Ainda por cima se um ministro sai por divergências pessoais seria normal esperar mais de um governo melhor “afinado” pois o sucessor seguramente seria de mais confiança para o primeiro-ministro que o escolhe…

Agora, na actual conjuntura política, as opiniões são opostas e muitos portugueses acompanharão e concluirão como é normal na oposição: eleições antecipadas (para ser curto e grosso…).

Apesar de ter manifestado o meu apoio à solução do senhor Presidente da Republica por alturas da saída de Durão Barroso para a Comissão Europeia, não posso deixar de antever dias muito difíceis para Santana Lopes e para os seus apoiantes caso não consigam, de uma vez por todas, governar! Já é tempo de Santana se tornar um líder e arrumar a casa! Ainda por cima com a esmagadora vitória que o Congresso lhe proporcionou!

Pessoalmente, e acompanhado com toda a certeza por muitos portugueses, já estou farto desta vida política. Às tantas, como em muitas outras vezes no passado… tem razão Cavaco Silva ao dizer que a vida política portuguesa o não atrai…

Morais Sarmento, agora com novas funções, já veio dizer que o cenário de uma dissolução do Parlamento é uma "hipótese virtual". Mas é tanto virtual, tanto virtual que qualquer dia ainda se torna real! Faço votos, em nome da estabilidade e do “bem-estar” que, como ele disse, o orçamento, o referendo da Constituição europeia, e outras matérias em agenda preencham os lugares que vão sendo preenchidos pelos ditos “mexericos”. Que comece o debate político sério e se resolvam os problemas dos portugueses… é uma ordem!!!

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Jose Augusto de Jesus